Reflexões

Quando não aceitamos a existência de um fato, invocamos o que este "deveria ser", ou seja, o "ideal". E aí nos aprisionamos. Não conseguimos lidar com o real porque é impossível cuidar bem de um fato que "não deveria ter acontecido". Só conseguimos olhar para ele do ponto de vista do que ele não é e do que deveria ser. Nesta hora, perdemos a oportunidade de entender efetivamente o que ocorreu, bem como de nos posicionarmos adequadamente diante do fato.

Por outro lado, quando aceitamos o ocorrido, conseguimos entendê-lo melhor. Se não aceitamos, ficamos prisioneiros do ideal, e sofremos porque o fato insiste em continuar existindo.

O trabalho da terapia é ajudar nessa compreensão. Não é o de aconselhar ou até mesmo escolher pelo cliente e para o cliente, mas o de proporcionar, através da compreensão, outras possibilidades de ser, para sua livre escolha. Na terapia, deixamos o julgamento do lado de fora. O acolhimento é quase uma decorrência do não julgamento. O não julgar é uma precondição do acolhimento terapêutico.

Na terapia, recebemos aquele que chega até nós, entendendo-o em suas características e em seus propósitos, ajudando-o a compreender sua vida. Acolhemos o seu sofrimento. Deixamos que a vida que está à nossa frente se manifeste em toda a sua plenitude, em toda a sua dor e satisfação.

O nosso propósito é possibilitar ao cliente a compreensão de si mesmo, respeitando qualquer escolha que fizer. E quando o cliente é capaz de entender como são suas relações com as diferentes dimensões da vida, automaticamente, abrem-se outras possibilidades de ser e ele estará livre para escolher.

Espaço do Ser - Psicologia Clínica

Se você precisa, ou conhece alguém que precise, de um Psicóloga em Santos, podemos lhe ajudar.