UM MINUTO DE TERAPIA: Se você possui memórias que você não gosta nem de lembrar, que geram em você sentimentos muito ruins, e que lhe deixam com muita tristeza, culpa ou até raiva, talvez esse post pode lhe ser útil.

Essas lembranças podem estar atreladas ao modo como você foi tratado(a), ou ao modo como você agiu ou até mesmo relacionadas à decisão que tomou. Mesmo que já adulto, não necessariamente essas lembranças ocorreram há pouco tempo. Inclusive podem ter ocorrido em sua infância, ou adolescência. Porém, lembrar disso lhe é penoso, aperta o peito, lhe dá falta de ar, pode lhe tirar o sono ou até mesmo alterar sua pressão arterial. Há muito remorso e você evita a todo custo pensar sobre isso. Você pensa que o tempo irá curar essas feridas abertas, esses assuntos mal resolvidos, esses sentimentos e conflitos internos, mas, quando há sequer uma leve menção a algo do gênero, em uma conversa qualquer que você esteja participando, você imediatamente se angustia, tentando mudar o rumo do assunto, comportando-se de forma agressiva, ou até saindo "de cena". E imediatamente, todas as lembranças e sentimentos voltam com tudo à sua mente. .

O que pode estar acontecendo? Na verdade, esses sentimentos seus não são antigos que nunca passaram, mas sentimentos que se fazem sempre presentes porque nunca foram tratados, e que, tal como uma ferida, encontram-se abertos, e precisam que você, que é o único que sabe como doem, cuide deles. Esses assuntos não tratados, tal como as feridas abertas que não cicatrizam, quando cutucados, causam-lhe uma dor que nunca passa. E por que será você não cuida deles? Possivelmente, tal como quando se evita levar uma anestesia local em um machucado latejante, pois tem medo da dor imediata, não pensando que vale a dor por esse curto tempo, pois a anestesia lhe permitirá curar-se da lesão maior, você tem medo da dor imediata causada ao tratar do seu conflito. Esse medo se apresenta a você muito maior do que a esperança de ter esse conflito, problema ou sentimento devidamente resolvidos dentro de você.

Agora pare e tente pense no seguinte:

• Esse medo é do quê?

• Esse medo pode ser de exposição, de que lhe julguem, de que não lhe entendam? Medo de ser rejeitado(a)?

• Medo de não ser perdoado?

• Será que você não é muito rígido e inflexível com você mesmo? Será que você quer se perdoar?

• Você tem medo de ser ridicularizado(a)?

• De se sentir diminuído(a)?

• Será que você já não se acha inferior, e isso é apenas uma questão que contribui com o que já pensa?

• Ou será que você tem medo de, quando se ver livre e sem culpa, não saber como viver, e por isso faz desse tormento algo "cativo", para que diga para você mesmo(a) que sofre, e por isso, lhe retira a responsabilidade de buscar as possibilidades de ser feliz?

Cada caso é único. Mas é importante que você seja sincero(a) com você mesmo(a) e tente responder a essas perguntas, mesmo que de forma adaptadas a sua questão. Contudo, lembre-se de que sempre estamos nos cuidando a partir das possibilidades que nos são apresentadas., mas ao mesmo tempo, querendo fugir da nossa responsabilidade em viabilizar a realização de todo o nosso potencial de ser.

Em sendo difícil fazer esse exercício sozinho(a), procure ajuda de um psicólogo(a). E precisando, estamos à disposição.

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Espaço do Ser - Psicologia Clínica

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