UM MINUTO DE TERAPIA: Se você tem se aborrecido com frequência pelo fato de aconselhar alguém (como filho(s), companheiro(a), pais, irmão(s), amigo(s)), sobre determinado assunto, e a pessoa não lhe dá ouvidos, agindo como quer (resultando em problemas não somente para ela, mas até mesmo para você), talvez esse post pode lhe ser útil. (Com ressalva a casos de periclitação de vida.)

Talvez você pense mesmo com as consequências dolorosas, você continuará convivendo com a pessoa. Você se vê envolto(a) a brigas, mal estar, divisões, ou até mesmo agressões físicas, verbais e/ou psicológicas. E tudo isso gera em você muito sofrimento, podendo resultar em seu adoecimento, decorrente de stress, falta de concentração, taquicardia, falta de ar, insônia, hipertensão, dentre outros, o que afeta diretamente sua qualidade de vida. Você percebe que, muitas vezes, só você se desgasta.

Por mais que você queira o bem da outra pessoa e/ou que tente, você não conseguirá controlar vontades e pensamentos dela. É importante compreender que ela vai agir conforme o que ela enxerga precisar fazer. Em função da história de vida de cada um, suas experiências, percepções e objetivos futuros, ela pode não vislumbrar as mesmas consequências que você, ou pode até querer correr os riscos que você não quer. Embora entre vocês possa haver pontos em comum, vocês não serão iguais, pois cada um é de um jeito.

O que pode estar acontecendo? Uma questão a ser pensada seria a possibilidade de se perceber vulnerável quando não tem a situação sob seu controle, sendo, então, refratário às ações e vontades do outro. Improvisar para você, ou ter de lidar com algo que não estava no seu planejamento, é muito difícil, causando-lhe muita frustração.

Avalie se isso não está relacionado a um modo rígido de ser, onde você não aceita nada, senão as coisas à sua maneira. Outro ponto que não pode ser descartado é o possível fato de você estar se pre-ocupando demais com os outros, superestimando o tamanho das consequências, de modo a evitar pensar em si e na situação na qual você se encontra, evitando angustiar-se em suas escolhas. Porém, você pode justificar: "mas as consequências me afetam"!

Apesar de termos que lidar com as coisas boas e ruins que a vida nos traz, veja que somos responsáveis somente pelas nossas escolhas e ações. É possível que a ação do outro lhe traga dores, mágoas e, até mesmo, prejuízos.

Muitas vezes, você pode até estar lidando com uma pessoa que ainda não conseguiu amadurecer, apesar da idade, e não que não consegue medir as consequências de suas escolhas. Contudo, veja que estar com esta pessoa, e ajudar esta pessoa, é também uma escolha que você tem que fazer. No caso de filhos, até para que aprendam com suas experiências, você pode deixá-los sofrer por algum tempo as consequências de seus atos e escolhas.

Quando você perceber que a causa do seu sofrimento está relacionada a uma escolha sua, você conseguirá: conviver melhor com o outro e com as consequências causadas pelo outro, ou distanciar-se dele. Sempre teremos que fazer uma escolha!

Agora pare e pense: para que você se acha na obrigação de ter que cuidar de tudo e de todos? Você consegue perceber que não é possível ter tudo o que você quer? Você percebe que pode estar manipulando ou acabando com a vida do outro, por um medo seu, e com isso, acabando com sua vida também? Qual o sentido de tanto controle? Que medo há por traz do seu comportamento?

Lembre que não somos donos da vida de ninguém!

Pense sobre isso! Se você não está conseguindo lidar com as situações, não hesite. Busque terapia. E precisando, estamos à disposição.

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Espaço do Ser - Psicologia Clínica

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